*Por Antonio Fiola
O setor de reposição automotiva inicia, de forma efetiva, uma agenda política que permitirá levar reivindicações e discutir temas com parlamentares e órgãos públicos. No dia 28 de agosto, quando desembarquei, em Brasília, para cumprir uma pauta de compromissos não imaginava que seria um dia tão produtivo.
Na companhia de presidentes de Sindirepas de vários estados, estive reunido com o 1º secretário da CNI – Confederação Nacional da Indústria, e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Paulo Afonso Ferreira. Levamos o pleito para que ele estudasse a possibilidade de alteração do CNAE – Classificação Nacional de Atividade Econômica – das oficinas. As regras atuais acabam gerando uma evasão de empresas do setor de reparação de veículos que acabam usando outra classificação de atividade. Isso dificulta a identificação e também a realização de um levantamento apurado que identifique o número de oficinas no Brasil. Por isso, existem muitas distorções.
O mais interessante é que a reivindicação foi atendida pela CNI que vai estudar a possibilidade de mudança e também pedirá apoio junto ao Sebrae Nacional para solucionar esta questão. Uma nova reunião para tratar do assunto foi marcada para o início de outubro.
Depois, participei de uma audiência com o deputado federal (PSB-SP), Marco Aurélio Ubiali, autor do projeto de lei sobre a regulamentação das oficinas em todo o País que tramita na Câmara dos Deputados. Na ocasião, o deputado se comprometeu em manter a entidade informada sobre o andamento do projeto.
É fundamental garantirmos a aprovação de uma lei para estabelecer padrões que definem a atividade e proporcione melhorias para as empresas, assim como poderá assegurar a qualidade dos serviços prestados ao consumidor. A atividade de reparar veículos existe antes mesmo das montadoras se instalarem no Brasil, mas ainda não há uma regulamentação definida para esta atividade econômica, o que é, no mínimo, uma incoerência.
O último compromisso da viagem a Brasília foi o encontro com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), autor do projeto de lei nº 617, que tramita no Senado e define as regras para desmonte de veículos. Foi importante poder explicar para o parlamentar quais são os perigos que envolvem a venda de componentes usados e os riscos que podem causar, comprometendo a segurança dos veículos. Também foi uma oportunidade poder falar sobre a certificação do Inmetro para autopeças que já inclui vários itens, como uma forma de garantir a qualidade dos produtos no mercado de reposição e facilitar a identificação das peças junto ao consumidor. O senador entendeu a relevância das considerações feitas.
Por tudo isso, a agenda de reuniões em Brasília foi muita positiva e inicia uma nova fase do setor de reparação de veículos que, por meio do Sindirepa Nacional, poderá viabilizar uma série de ações importantes que geram impacto direto no segmento e aumentar a representatividade da categoria junto à classe política, órgãos públicos, entidades e sociedade.
* Antonio Fiola é porta-voz do GMA - Grupo de Manutenção Automotiva – Programa Carro 100% - carro100.com.br e presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP
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