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Certificação de autopeças contribui para a qualidade de serviços na reparação

*Por Antonio Fiola

A certificação de autopeças, homologada com o selo Inmetro, garante a qualidade do produto no mercado de reposição e favorece o consumidor que poderá exigir peças de qualidade comprovada. Também é uma forma de regular o mercado e evitar a comercialização de produtos que não atendem às mínimas exigências técnicas e que podem colocar em risco à segurança do consumidor. É importante ressaltar que esse trabalho partiu da indústria e envolve uma série de processos, estudos e testes para comprovar a qualidade dos produtos. Depois é publicada portaria que obriga a exigência da certificação compulsória. A partir da data de publicação da portaria, são estipulados prazos para que fabricantes dos componentes (18 meses), distribuidores (24 meses) e varejo (36 meses) se adaptem às novas regras estabelecidas. O trabalho, coordenado pelo Sindipeças, tem sido realizado por grupo de produtos. Já é obrigatória a comercialização de produtos com o selo do Inmetro para os seguintes produtos: catalisadores, pneus, rodas e vidros de segurança laminados para parabrisas e temperados para veículos rodoviários automotores.

Desde janeiro de 2013, passaram a ser fabricados com o selo do Inmetro: amortecedores de suspensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto, buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos. A comercialização desses produtos, com o selo do Inmetro, será obrigatória a partir de julho de 2014.

Também começam a ser produzidas, com o selo do Inmetro, as baterias e a comercialização será obrigatória no final de 2014. Já terminais de direção, barras de direção, barras de ligação e terminais axiais devem começar a fabricados com o selo do Inmetro em novembro deste ano e a comercialização em maio de 2014.

Outros componentes estão em processo de certificação, como radiadores, material de atrito para freios, aditivo para arrefecimento. Para motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, devem ser fabricadas com o selo do Inmetro pinhão, coroa, corrente de transmissão e escapamento. Mais 14 componentes estão em processo de elaboração de normas ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, para depois o Inmetro criar a portaria de certificação e outros oito itens devem iniciar o estudo.

 A fiscalização no comércio é realizada pelo IPEM – Instituto de Pesos e Medidas, mediante denúncia que pode ser feita, inclusive, pelo consumidor e também por meio de operações pontuais do órgão em várias regiões do País. Em caso de irregularidades, o comércio será autuado e pode ser multado pelo IPEM.

A certificação de autopeças é uma iniciativa que visa facilitar a identificação de autopeças de qualidade e coibir a falsificação. A medida garante a procedência das peças para o consumidor e traz benefícios para toda a cadeia produtiva do setor de reposição desde o fabricante, passando pelo distribuidor e varejo até na oficina.

É uma forma também de garantir a qualidade dos serviços na reparação, uma vez que a peça é o item primordial que envolve todo o processo do serviço de manutenção do veículo. Como parte do programa Carro 100% / Caminhão 100% / Moto 100%, criado pelo GMA – Grupo de Manutenção Automotiva – e que visa difundir a conscientização do motorista para que adote a prática da manutenção preventiva do veículo, a certificação de autopeças também é importante para garantir a segurança no trânsito, pois peças de qualidade mantêm o funcionamento do veículo de acordo com as especificações das montadoras.

* Antonio Fiola é porta-voz do GMA - Grupo de Manutenção Automotiva – Programa Carro 100% - carro100.com.br e presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP

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