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Carros expostos a condições severas de uso precisam de cuidados redobrados

08 mar, 2012

A cidade de São Paulo, tem uma frota circulante das maiores do mundo: 6 milhões de veículos, ficando atrás apenas da cidade de Tóquio.  E o número de veículos não pára de crescer. No ano passado, eram emplacados, em média, 800 carros por dia na cidade de São Paulo.
Enquanto a frota cresce em ritmo galopante, as vias continuam quase as mesmas de 30 anos atrás. Somado a isso, a falta de manutenção nos veículos provoca a média diária de 407 remoções, segundo dados da CET. Em um mês, ela tira das ruas da capital paulista 9.176 veículos por causa de falhas mecânicas (4.870 casos), panes elétricas (1.811), pneu furado (546) e pane seca (106 ocorrências).

Essas quebras pioram ainda mais as condições de tráfego em horários de pico que registram velocidade média de 25 km por hora. Carros que enfrentam essa jornada diária do pára e anda do trânsito, podem sofrer desgaste prematuro de algumas peças que são colocadas em condições severas de uso. Pastilhas de freio, embreagem e câmbio são acionados muito mais vezes que em condições normais.

Também há um superaquecimento do veículo quando exposto por um longo período em baixa rotação. Por isso, o motorista deve redobrar os cuidados com veículo para mantê-lo em boas condições de uso, fazendo revisões periódicas em uma oficina de sua confiança.

Além de não aumentar o índice já alto de congestionamento, o motorista evita quebras inesperadas em situações que podem colocar em risco a sua segurança.

As revisões são a melhor maneira de manter o veículo seguro e em boas condições de uso. O manual do fabricante do veículo possui uma série de recomendações que devem ser seguidas. Mas, como é o motorista que conhece bem as condições em que seu veículo é exposto ele deve ficar atento para alguns detalhes.

São consideradas condições severas de uso:

  • Uso de marcha lenta por longos períodos ou operação contínua em baixas rotações;
  • Quando a maioria dos percursos não exceder 6 km (trajetos curtos) com o motor não completamente aquecido;
  • Operação em estradas de poeira e areia;
  • Transportar com freqüência reboque ou carreta;
  • Utilização do veículo para táxi.

Essas situações provocam um desgaste maior do veículo e, por isso, é necessário checar com mais freqüência alguns itens:

  • Óleo do motor, verificar o nível e completar quando estiver abaixo do recomendado. As trocas devem ser feitas no período determinado pelo manual do fabricante e com produto que atenda às especificações. Contudo, em casos de trajetos curtos, deve ser feita a substituição em menor espaço de tempo para evitar a borra que pode fundir o motor. Por exemplo, se o determinado for a troca a cada 15.000 km ou 12 meses, troque a cada 7.500 km ou 6 meses.
  • Filtro de óleo deve ser substituído a cada duas trocas de óleo. É bom anotar a data da substituição naquele adesivo que fica no vidro; é um bom lembrete.
  • O sistema de arrefecimento deve ser verificado com freqüência pelo menos uma vez por mês quando o veículo é exposto no trânsito lento. É importante verificar o nível do líquido e corrigir eventuais vazamentos. O líquido deve ser substituído uma vez por ano.
  • Filtro de ar deve ser checado com freqüência. O teste visual indica o estado do produto que fica de cor acinzentada quando já está saturado. Veículos que trafegam em cidades como São Paulo, onde há muita poluição e também em estradas de terra, tendem a acumular a sujeira no filtro de ar mais rápido do que em outras situações.
  • A embreagem que possui vida longa pode sofrer desgaste prematuro quando é acionada muitas vezes no tráfego lento. Por isso, evite descansar o pé direito no pedal da embreagem e só a acione quando for andar com veículo, quando o mesmo estiver parado no semáforo, não pise no pedal.
  • A pastilha de freio também sofre desgaste natural e o uso excessivo pode diminuir a sua vida útil.  É sempre bom dar uma olhada para conferir o seu estado e fazer a substituição quando necessário, evitando que outras peças, como o disco do freio, sejam prejudicadas pelo uso excessivo da pastilha.

Tomando esses cuidados e avaliando o tipo de uso que você faz do carro, é possível fazer uma manutenção mais direcionada que permite prevenir quebras inesperadas e garante o bom estado de conservação do veículo, seja ele de qualquer idade. E para isso, nada melhor do que a observação do condutor do veículo.




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