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A manutenção preventiva ajudando na melhoria do trânsito!

08 mar, 2012

O brasileiro tem verdadeira paixão por automóvel. O fascínio por ele vai muito mais além do que a incrível sensação de liberdade para ir e vir. O carro seduz pelo design e conforto que oferece, sem falar em status que também conta muito. Tudo isso o transforma num objeto de desejo para a maioria de nós.

Nos últimos 50 anos, a indústria automobilística evoluiu muito no País, são muitas marcas e modelos para todos os gostos e bolsos. A partir da abertura econômica e da inserção no Brasil no mercado global, o consumidor encontra aqui quaisquer marca e modelo antes vistos apenas nas revistas especializadas. E, com a estabilização e a confiança nos rumos da economia financiamentos passaram a ser disponibilizados ao consumidor a taxas e prazos nunca antes vistos no País. Resultado: uma verdadeira explosão de vendas, nossas ruas estão, literalmente, cheias.

Na cidade de São Paulo, são licenciados todo mês, em média, 800 carros que vêm a engrossar ainda mais a frota dos 6 milhões de veículos que circulam pela metrópole.

Os constantes congestionamentos aborrecem o cidadão e preocupam a sociedade em geral e, mobilizam as autoridades competentes. A solução para o problema, do ponto de vista técnico parece simples: reforma do sistema viário, investimento na ampliação e qualidade do sistema de transporte público e outros afins. Porém, investimentos e tempo para execução desses investimentos são o calvário a ser enfrentado. Ou seja, não há solução a curto prazo para o problema. E, a precariedade do sistema viário aliada à falta de investimento no transporte público fazem com que o cidadão recorra cada vez mais ao uso de veículo próprio, conseqüentemente, continuaremos a entupir nossas vias de transporte.

Mas, sempre há coisas que podem ser feitas. Na linguagem mineira, “comer o mingau pelas beiradas”. O volume de veículos que quebra por falta de manutenção, aumentando o índice de congestionamento é algo que precisa ser solucionado e removido das nossas ruas e estradas. Como seria o trânsito da cidade de São Paulo se consertássemos os 470 veículos, em média, que diariamente quebram e entopem nossas ruas e marginais? Qual seria a melhoria na velocidade média que hoje é de 25 km nos horários de pico? O problema pode ser minimizado se cada motorista tiver a consciência de cuidar do seu carro de forma preventiva, evitando panes elétricas e falhas mecânicas inesperadas que agravam ainda mais o já tumultuado trânsito na cidade de São Paulo. E, caso essa consciência não apareça, que seja provocada pela sociedade organizada, pelos órgãos públicos, usando os instrumentos apropriados. A Inspeção Técnica Veicular é, sem dúvida, um instrumento potente para ajudar na solução do problema, como já acontece em outros países, reduzindo os congestionamentos e a poluição em grandes cidades.

Por isso, continuamos com nossa “pregação” no sentido de convencer o motorista sobre a necessidade de conhecer adequadamente o funcionamento do seu veículo, de atender às recomendações do fabricante contidas no manual do proprietário, com relação aos diferentes períodos e quilometragem para fazer as revisões. Prevenir para não ter que remediar!

O veículo é formado por sistema de componentes integrado e que sofre desgaste com o uso, por isso, a manutenção preventiva é a melhor forma de detectar possíveis falhas ou panes que, se não forem reparadas, podem provocar a quebra e deixar o motorista a pé a qualquer momento. Quando o veículo é revisado com freqüência, a chance disso acontecer é muito menor.

Pesquisas mostram que, em mais de 50% dos casos, o motorista só vai a uma oficina quando o seu veículo apresenta algum tipo de defeito. E, curiosa e caprichosamente, quando mais velho o veículo menor a incidência de manutenção. É provável que venha daí um certo preconceito com o veículo “velho”. Tecnicamente, a idade do veículo não é um problema, e sim, o seu estado de conservação, independentemente da sua idade. Então, sem manutenção preventiva, o que poderia ser simples, fica complicado.

Quando o reparo é realizado de forma preventiva é possível minimizar os custos e os danos. O motorista ganha de todos os lados, mas precisa fazer o serviço em uma oficina de confiança que facilita o diagnóstico e a programação das revisões. O mecânico de confiança já conhece o veículo e pode acompanhar todas as suas peculiaridades.

É importante que o motorista também informe o seu mecânico de confiança sobre o uso do carro e a forma de dirigir, pois são pontos importantes que devem ser levados em consideração na hora da manutenção.

Quando o veículo é exposto a condições severas de uso, como rodar no trânsito da capital paulista que registra uma velocidade média de 25 km na hora do pico, algumas peças podem sofrer desgaste prematuro.  É o caso da embreagem e do freio que são acionados muito mais vezes que no uso comum. São peças que sofrem diretamente com o anda e pára do trânsito. Portanto, é importante ficar de olho e fazer a revisão nesses componentes.

Outro ponto importante que sempre alertamos nessa coluna é a qualidade das peças a serem usadas. Este é um item vital para garantir a qualidade e a durabilidade do reparo. Por isso, converse com seu mecânico de confiança e mostre a ele sua disposição em utilizar apenas peças de boa procedência, fabricadas dentro dos requisitos do fabricante do veículo.  Fuja das peças piratas e falsificadas!  Para comprovar que as peças instaladas são de qualidade, o motorista pode pedir ao mecânico que mostre as embalagens.
 
Bem, demos toda essa volta para mostrar que algo de sério e proveitoso pode ser feito para melhorar o trânsito das grandes cidades, enquanto a causa (maior) raiz do problema não for solucionada. De quebra, a manutenção preventiva dará uma contribuição decisiva na melhoria da qualidade do ar. Faz sentido? Então, gente, mãos à obra!




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