Muito se fala a respeito da limpeza do sistema de injeção eletrônica, mas pouco se explica quando e por que esse procedimento deve ser efetuado. A falta de esclarecimento sobre o assunto deixa o consumidor sem saber como proceder sobre essa questão. Por isso, é importante poder contar com a opinião de seu mecânico de confiança para que, antes de fazer qualquer reparo no seu veículo, seja realizado teste com equipamentos específicos para identificar o problema. Assim, você fica mais seguro com relação ao diagnóstico apresentado.
No caso de limpeza do sistema de injeção eletrônica, o SINDIREPA –SP – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo, recomenda que o serviço só seja realizado após diagnóstico com equipamento específico que aponte anomalia no funcionamento da vazão e estanqueidade dos bicos injetores. Lembrando mais uma vez que o reparo deve ser efetuado por profissionais especializados em oficina que seja de sua confiança.
O sistema de injeção eletrônica, constituído de sensores, atuadores, unidade de comando e bomba de combustível, é responsável pela regulagem da quantidade de combustível ideal para o volume de ar admitido, gerando a perfeita relação entre esses dois componentes. A mistura combustível /ar deve estar equilibrada para garantir melhor rendimento e economia de combustível, bem como menor emissão de gases poluentes do veículo.
Quando o carro apresentar sintomas relacionados à dificuldade para dar a partida, perda de potência em aceleração, marcha lenta irregular e aumento de consumo de combustível, é aconselhável levá-lo a uma oficina de sua confiança para checar o funcionamento do sistema de injeção eletrônica para que seja detectado o problema e identificada a solução apropriada: limpeza nos bicos injetores ou substituição desses componentes.
O consumidor deve ficar alerta para algumas situações e práticas que possam afetar o funcionamento do sistema de injeção eletrônica. Entre elas, combustível adulterado (gasolina ou álcool), falta de manutenção preventiva no veículo e o não cumprimento dos períodos de troca de óleo prescritos pelo fabricante do veículo no Manual do Proprietário.
Como os vapores do óleo lubrificante são direcionados do cárter para o coletor de admissão através do sistema de ventilação positiva e então queimados pelo motor, quando a troca não é feita regularmente começam a se formar resíduos em vários pontos do motor, inclusive nos bicos injetores. O combustível adulterado também gera acúmulo de impurezas no sistema de injeção.
O uso de combustível aditivado (gasolina ou álcool) é a melhor maneira para evitar que o sistema de injeção eletrônica sofra interferências que afetem o seu desempenho, pois possui substâncias que promovem a remoção de resíduos do sistema de injeção eletrônica.
É importante ressaltar também que o motorista deve evitar dar bombeadas no acelerador ao desligar o motor ou mesmo fazer o carro pegar no tranco. Esses hábitos provocam excesso de combustível dentro da câmara de combustão que, aos poucos, podem danificar o catalisador, responsável pela redução, através de reações químicas, dos gases do escapamento lançados na atmosfera.
Os procedimentos de limpeza do sistema de injeção eletrônica recomendados pelo SINDIREPA-SP são baseados na norma ABNT CB 05 NBR 14.753 “Veículos Rodoviários Automotores - Válvula Injetora Ensaios de Manutenção” sobre regulagem de motor.
Muitas vezes, práticas abusivas por parte dos profissionais, deixam o consumidor confuso e sem saber o que fazer. Mas é importante destacar também que dificilmente um veículo em condições normais com apenas 15.000 km rodados precisa que seja realizada a limpeza de bicos injetores.
Fazer a manutenção preventiva em uma oficina de confiança é a melhor maneira de evitar panes elétricas e falhas mecânicas inesperadas, garantindo também a segurança no trânsito, economia de consumo de combustível e redução dos níveis de poluentes.
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