A obrigatoriedade mais uma vez, fará a diferença? Parece que sim. A iniciativa do prefeito Gilberto Kassab é louvável e tem que ser apoiada por todos os segmentos da sociedade, mas principalmente pelos próprios motoristas. Afinal, 98% dos gases diariamente despejados nessa pesada atmosfera paulistana, advêm dos veículos automotores. Os dados são oficiais! Não é possível assistir a isto sem nada fazer. Todos sofremos com a poluição do ar que envolve a cidade de São Paulo em uma camada feia e cinza, principalmente nos dias mais secos de inverno.
Importante mencionar que a medida já foi testada com sucesso em outras cidades onde o problema era parecido. A cidade do México, fazendo algo muito parecido, reduziu a poluição em 40%. Imaginem que fantástico!
Parabéns prefeito! Estamos do seu lado! Nossas vias respiratórias agradecem!
Desta forma, a partir de 2008, a frota da nossa cidade, estimada em cinco milhões de veículos, será submetida a testes de emissões de poluentes antes dos proprietários efetuarem o licenciamento. Veículos reprovados, não serão licenciados até que o problema seja sanado.
A novidade da inspeção tem deixado os motoristas bastante preocupados, sem saber o que fazer para verificar se o nível de emissões de poluentes dos veículos está dentro dos padrões exigidos pela nova lei. Porém, nada de precipitação. A inspeção obrigatória será realizada em postos autorizados pela Prefeitura, cuja localização e funcionamento serão divulgados com a antecedência necessária. Porém, não é preciso esperar até lá para colher os benefícios da redução de emissão de gases.
Veja que experiência interessante foi o resultado da Operação de Inverno da Cetesb, em parceria com o Sindirepa-SP. Realizado anualmente entre junho e setembro, o programa focado na frota de caminhões tem demonstrado que uma boa regulagem do motor e a troca de filtro do ar são capazes de reduzir a emissão de poluentes. Os relatórios da Cetesb revelam que, em média, a redução da opacidade foi de 40% após a troca do filtro de ar em caminhões que estavam com a peça danificada.
Os resultados positivos desse programa fizeram com que o governo do Estado de São Paulo alterasse a lei nº 997-76, reduzindo em 90% do valor da multa aplicada em veículos diesel em desconformidade pela Cetesb que é de 60 UFESPs, ou seja, R$ 853,80. Uma troca bastante justa! A emissão dos poluentes é reduzida e, em contrapartida, o governo reduz a multa. Ganhamos todos!
Para obter esse benefício, o proprietário do veículo deverá comprovar que fez a manutenção apresentando nota fiscal e Relatório Técnico de Manutenção, fornecido somente pelas mais de 100 oficinas credenciadas no PMMVD - Programa para Melhoria da Manutenção de Veículos Diesel, coordenado pela Cetesb e Sindirepa-SP, implantado há 10 anos.
Esse incentivo demonstra que medidas simples como a troca do filtro de ar pode significar redução de emissão de poluentes, bem como economia no consumo de combustível e melhora do desempenho do motor.
Composto por fibra de papel celulose especial, ele promove a filtragem do ar proveniente do ambiente externo que será misturado com o combustível e assim fazer o motor funcionar. A mistura do combustível com esse ar livre de impurezas garante uma performance adequada do motor, em termos de potência e consumo de combustível e ainda protege o meio ambiente. Simples, não? No entanto, uma utilização exagerada desse filtro irá comprometer o funcionamento do motor e implicará, necessariamente, numa emissão descontrolada e exagerada de gases. E é muito simples verificar a qualidade do seu filtro: de cor clara quando em bom funcionamento torna-se acinzentado pelo uso excessivo. Aí é hora de trocar. Sem protelações.
Estudos de fabricantes de filtros de ar revelam que quando a peça está em bom estado gera economia de 10% por quilômetro rodado, além de melhorar o desempenho do veículo. Isso significa que a cada dois tanques de combustível, a economia gerada já compensa o valor pago no novo filtro de ar. Ao longo de um ano, no caso de um carro à gasolina que roda 15 mil quilômetros nesse período, a economia chega a R$ 375,00. Se o ar é impedido de passar pelo filtro por causa das impurezas impregnadas na peça, o motor terá de fazer um esforço maior para atingir a mesma potência de quando o filtro de ar está em boas condições de uso.
Não há tempo certo para a substituição do filtro de ar, pois vai depender muito do ambiente e das condições em que o veículo está exposto. Por exemplo, em carros que circulam todos os dias pelas avenidas e corredores da cidade de São Paulo em horários de pico, chegando a ficarem parados no trânsito, o filtro de ar terá a vida útil mais curta. A saturação vem logo em função dessas condições severas de uso. Para saber como estão as condições do filtro de ar, a dica dos fabricantes é fazer o teste a olho nu já que, diferentemente de veículos a diesel, os automóveis movidos à gasolina, álcool e gás não emitem a fumaça preta que denuncia o problema.
E não adianta dar um jeitinho, jogando jato de ar na peça ou dando uma batidinha. Os fabricantes condenam essas práticas que, além de não resolver o problema, acabam por danificar de uma vez a peça.
Outro hábito totalmente equivocado é fazer a substituição do filtro ar na troca de óleo. Uma coisa não tem absolutamente nada tem a ver com a outra. Estamos falando de sistemas distintos: alimentação de ar e combustível e lubrificação de óleo. Essa mania existe porque não há informação suficiente sobre a importância do filtro de ar como componente fundamental para proteger o motor e evitar o desgaste prematuro do catalisador, peça importante que também controla os níveis de emissões de poluentes.
É importante salientar que, ao trocar o filtro de ar, é imprescindível fazer substituição por uma peça que atenda às especificações do fabricante do veículo, garantindo a qualidade e eficiência do produto. As montadoras realizam inúmeros testes que comprovam a eficácia do componente, antes de colocá-lo na linha de montagem. Lembre-se disso na próxima vez que trocar o filtro de ar do seu veículo.
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