Os cabos de ignição são peças que conduzem a corrente elétrica do transformador (bobina) as velas de ignição. Essa corrente, por sua vez, é responsável pela centelha que gera a combustão da mistura ar/combustível dentro do motor. Portanto, são componentes vitais para o funcionamento do motor do veículo.
Por isso, é importante cuidar desses componentes, mantendo-os em boas condições de uso.
Para entender melhor o assunto, vamos esclarecer algumas questões sobre esse assunto. A começar que existem três tipos de cabos de ignição: cabo comum, terminal supressivo e cabo supressivo.
O cabo comum está presente nos carros com idade de fabricação mais avançada que possuem sistema de ignição simples e de menor tensão. Esses veículos não possuem eletrônica embarcada e não exigem um material diferenciado. O condutor elétrico utilizado nesses cabos é o cobre.
O terminal supressivo é semelhante ao cabo comum, mas no terminal existe um resistor de níquel-cromo que suprime os ruídos. A resistência é sempre de 5 a 7 KΩ nos cabos das velas e de 1 a 3 KΩ no cabo do transformador (bobina), não importando o tamanho do cabo.
Quando o cabo é supressivo, substituímos o tradicional cobre pelo níquel cromo. Esse níquel cromo tem 0,5mm de diâmetro e é disposto em espiral para gerar a resistência necessária e suprimir os ruídos.
Todo o condutor elétrico gera ruído que se for acima de 32 db interfere no sistema de injeção eletrônica do veículo. Os cabos comuns atingem picos de 48 db, o que gera graves interferências nos componentes eletrônicos do veiculo, enquanto os cabos supressivos não ultrapassam os 26 db.
Quando o cabo é supressivo, a resistência deve ser de 7,5KΩ por metro (+ - 20%), ou seja, devemos dividir esse valor pelo tamanho do cabo para encontrar a resistência adequada.
Exemplo: se o cabo em questão mede 20 cm ele deve ter 1,5KΩ (+ - 20 %).
Saiba o que acontece quando os cabos apresentam algum problema! Ao contrário do que a maioria das pessoas não imagina, os cabos de ignição têm uma função vital no conjunto do motor.
Quando eles estão gastos ou apresentam alguma anormalidade, a corrente não chega integral às velas e a queima da mistura ar/combustível não é completa, o que deixa o veículo “mais fraco”, aumenta seu consumo e a emissão de poluentes.
Para prevenir que isso aconteça, verifique os cabos de ignição a cada 20.000 km, ou quando sentir que seu veiculo perdeu potência, aumentou o consumo ou estiver falhando.
Substitua os cabos preventivamente entre 40.000 e 50.000 km para manter sempre o veículo eficiente, econômico e poluindo menos.
Vale lembrar que os veículos movidos à GNV não sofrem nenhuma alteração em seu sistema de ignição, portanto não existe a necessidade de cabos de ignição diferenciados.
A diferença está na durabilidade dos componentes do sistema de ignição, o GNV exige
muito mais do sistema de ignição do veiculo o que diminui a vida útil dos seus componentes, incluindo os cabos de ignição.
Sendo assim, os cabos de ignição para veículos a gasolina, álcool ou GNV são os mesmos, só existindo diferença quanto à vida útil em cada caso.
Fique atento e verifique o estado dos cabos de ignição do seu veículo. Ao fazer a manutenção preventiva desses componentes, você evita o aparecimento de problemas causados pelo desgaste desses componentes que comprometem o desempenho do motor e aumentam o consumo de combustível e emissões de poluentes.
desenvolvido por WEB Total | Confraria Visuale
© 2019 GMA - Grupo de Manutenção Preventiva - Todos os direitos reservados. Acessar administração